Muito se discute sobre a maternidade e o trabalho, tem se cobrado cada vez mais sobre paternidade. Porém, como sociedade e a relação de trabalho tem afetado as relações entre casais, filhos e famílias.

Fatos

Historicamente, tem recaído sobre as mulheres o dever de cuidar, criar e zelar pela prole – a dita maternidade. Mais recentemente, tem também havido a necessidade de sustentar a casa, ou sustentar junto com o companheiro.

O homem tinha o dever de buscar o sustento para sua família, algo que nos últimos séculos, vem diminuído ano após anos.

Mudança da paternidade

Atualmente, tem-se cobrado mais a participação do homem nas tarefas domésticas, criação e zelo pela prole, antes designada as mulheres.

Neste aspecto, vejo que há muitas falhas e a mudança recente na relação humana tem afetado muitos homens.

Grande parte dos homens que são pais hoje, não tiveram espelhos do que é cobrado atualmente, foram a primeira geração que tiveram os pais divorciados e, desses a maioria teve o pai ausente da sua vida.

Relação Pais e Filhos

Aqui eu coloco pais, mas cabe às mães também.

Com essas mudanças mais recentes, percebo que nas famílias com maior poder aquisitivo os pais tendem a ser mais presentes. Porém não necessariamente estão presentes na vida dos filhos como querem ou deveria ser.

Os pais continuam se ausentando de apresentações escolares de seus filhos por questões de trabalho, criando uma desconexão entre o pai e a criança.

Há também desleixo ou comodidade de alguns pais sobre ter essa relação, porém, há outros que desejam ter a relação mais próxima da criança e por motivos diversos são impedidos.

Condições de trabalho

O tempo de estar com o filho também é diminuído pelo locomoção casa x trabalho x casa, nas grandes cidades isso pode ser uma perda de mais de 4 horas diárias.

Há ainda muita resistência quando um pai precisa levar o filho ao local de trabalho ou pegar um atestado médico para acompanhar a recuperação da criança.

Vejo relatos de pessoas com frases: “Essa criança não tem mãe?” ou “Não tem com quem deixar essa criança?”. Neste aspecto tenho privilégio que a empresa que trabalho não pensa assim.

Para haver mudanças sociais na relação de paternidade torna-se obrigatório o acolhimento da criança com o pai, sem estereótipos ou preconceitos dentro do ambiente de trabalho.

Discutir o teletrabalho, flexibilização do horário de trabalho, distribuição do corpo funcional por vários territórios e cidades interioranas, redução do deslocamento do trabalhador (em tempo), diminuição da carga (em tempo) de trabalho para mães, aumento de unidades de creche, expansão do horário escolar deveriam ser pautas urgentes da sociedade.